Descoberta da Tanzanita
Introdução
A tanzanita, nomeada em homenagem ao seu país de origem, Tanzânia, ocupa um lugar fascinante na história das pedras preciosas. Este cristal azul-violeta tem chamado a atenção desde o seu surgimento , mas a história de como veio à tona envolve uma mistura de aventura e acaso. Vamos mergulhar nos detalhes, certo?

Relatos de Descoberta
Há várias versões da descoberta da tanzanita Alguns atribuem a Ali Juuyawatu, um membro da tribo Masai, o primeiro a avistá-lo. Outros apontam Ndugu Jumanne Ngoma como o descobridor inicial. Outra narrativa destaca Manuel de Souza, frequentemente chamado de Manuel Louco por suas ousadas façanhas, como aquele que o descobriu em 7 de julho de 1967. Imagine isso: um explorador apaixonado vagando pela mata africana, perseguindo o que ele chamava, brincando, de impossível de encontrar.
Antecedentes de Manuel de Souza
Nascido em Goa em 1913, de Souza mudou-se para Tanganica aos 20 anos e formou-se como mestre alfaiate. Mas essa vida estável não durou — a aventura o chamou. Ele se voltou para a prospecção nas minas de ouro de Lupa, no oeste de Tanganica. A economia do pós-guerra azedou a mineração de ouro, então ele se mudou para os Campos de Diamantes de Shinyanga. Na década de 1960, os monopólios dificultaram a obtenção de licenças de diamantes, levando-o à região do Kilimanjaro. Lá, ele garimpou ao redor do Lago Vitória enquanto costurava para sobreviver.

O Momento da Descoberta
Por volta da Páscoa de 1967, um caso de coceira nos pés levou de Souza a alugar uma caminhonete para um desembarque na mata perto de Arusha. O motorista se recusou a ir além de Merelani, deixando-o preso lá com seu equipamento. Sem problemas — ele se adaptou e começou a explorar. Recrutou quatro homens da tribo Masai como carregadores e, ao meio-dia de 7 de julho, avistou uma pedra azul transparente. A princípio, pensou que fosse safira, mas um teste de dureza provou o contrário. De volta a Arusha, consultou seu único livro de mineralogia e identificou-a como olivina, registrando a reivindicação dessa forma em 25 de julho de 1967.

Processo de Identificação
Logo, ficou claro que não se tratava de olivina ou peridoto. Outras possibilidades, como dumortierita, cordierita e zoisita, foram testadas e descartadas. Amostras foram enviadas ao Instituto Gemológico da América para análise precisa, que confirmou a presença de zoisita. Na mesma época, a Universidade Harvard, o Museu Britânico, a Universidade de Heidelberg e o geólogo tanzaniano Ian McCloud chegaram à mesma conclusão. McCloud é conhecido por ser o primeiro a identificá-la corretamente.
Introdução ao Mercado
Apesar de sua aparência marcante, a tanzanita inicialmente não tinha mercado. O chefe de joias da Saks em Nova York a recusou. Mas a situação mudou quando dois anéis encontrados chamaram a atenção do vice-presidente da Tiffany & Co., que a batizou de tanzanita, gerando demanda e consolidando seu lugar no mundo das pedras preciosas.
Perguntas frequentes
O que é tanzanita?
Tanzanita é uma pedra preciosa azul-violeta, uma variedade do mineral zoisita, encontrada exclusivamente na Tanzânia.
A quem é atribuída a descoberta da tanzanita?
Os relatos variam, mas Manuel de Souza é frequentemente destacado por sua descoberta em 7 de julho de 1967, embora os membros da tribo Masai Ali Juuyawatu e Ndugu Jumanne Ngoma também sejam mencionados em alguns relatos.
Como a tanzanita foi identificada?
Inicialmente, foi confundido com outras gemas, como safira ou olivina, mas testes realizados por instituições como o Instituto Gemológico da América confirmaram que se tratava de zoisita.
Por que é chamada de tanzanita?
O nome foi cunhado pela Tiffany & Co. para homenagear sua origem na Tanzânia e criar apelo de mercado.